quarta-feira, 21 de julho de 2010

FGV: Economia informal do Brasil cresce e já é maior do que o PIB argentino

Redação SRZD | Economia | 21/07/2010 15h11

Em 2009, a economia informal do Brasil - firma sem registrato, que não emite notas fiscais e empregados contratados sem carteira assinada - movimentou R$ 578 bilhões. O número é maior do que o conjuto de bens e riquezas produzidos na Argentina. Quem informou o dado nesta quarta-feira foi Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO), da Fundação Getúlio Vargas. O dado é uma amostra do quanto de riqueza é produzida no Brasil sem que o Estado seja reportado.

O pesquisador e responsável pelo estudo, Fernando de Holanda Barbosa Filho, explicou que a nova forma de mensuração é uma ótima conquista e, por conta da própria caracteristica da matéria estudada, trata-se de uma estimativa. Para ele, a importância desse indicador é medir o quanto se produz na economia subterrânea brasileira e comparar isso com outros indicadores, obtendo-se uma ordem de grandeza concreta.

Já o diretor executivo do ETCO, Franco Montoro Filho, chamou atenção para o volume de dinheiro que fica à margem da economia brasileira. Ele enfatiza ainda que a divulgação do dado pode chamar a atenção da opinião pública para o assunto e poderá abrir ainda mais espaço para a discussão sobre suas consequências para o país.

De 2003 a 2009, a movimentação da economia subterrânea passou de R$ 357 bilhões para os atuais R$ 578 bilhões.

De acordo com a FGV, a informalidade tem ligação com o crime organizado, pirataria e precariza as condições de trabalho, criando um ambiente de transgressão e estimulando um comportamento oportunista. Além disso, provoca a redução de recursos governamentais destinados a programas de educação, saúde e infraestrutura.

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